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Consultório de Planeamento Familiar

Este consultório tem como objectivo informar, ajudar e orientar os seus utilizadores na área da sexualidade e planeamento familiar.

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Este consultório tem como objectivo informar, ajudar e orientar os seus utilizadores na área da sexualidade e planeamento familiar.

Vírus do Papiloma Humano

06.06.09, APF

O aparecimento do cancro do colo do útero está, muitas vezes, associado ao vírus do papiloma humano. Este vírus é conhecido pelas siglas HPV (Human Papilomavirus). O HPV é o nome de um vírus que inclui cerca de uma centena de variantes e a sua infecção incide-se sobre a pele e as mucosas.
 


 

Os vários tipos de cancro que estão associados com o HPV incluem, para além do cancro do colo do útero, o cancro do ânus, da vulva, do pénis, da cabeça e do pescoço.

O HPV pode ser dividido em duas categorias: os tipos de HPV que infectam a pele e os tipos de HPV que infectam a área genital e anal.

 

Nos tipos de HPV que infectam a pele, incluem-se subtipos como o HPV1 e o HPV2 que podem aparecer, nas mãos, nos pés e na face, usualmente conhecidos como verrugas ou cravos. A infecção por este tipo de vírus pode ocorrer através do contacto ocasional com as zonas infectadas, podendo alastrar-se para outras zonas do corpo.

 

Nos tipos de HPV que infectam a área genital e anal, são mais de 30 as variantes existentes. Alguns estudos referem que os tipos 6 e 11 possuem uma acção directa no desenvolvimento de condilomas/verrugas genitais na vulva, pénis e ânus. Contudo, estes tipos de vírus não representam grande risco de progressão para malignidade.

 

Mas, existem alguns tipos de vírus e em especial os que afectam a área genital, que podem causar alterações que vão desde lesões benignas a cancro. Trata-se de estirpes de HPV consideradas de alto risco (tipo 16, 18) por estarem relacionadas com o desenvolvimento de lesões malignas. A Organização Mundial de Saúde (OMS) reconhece estes dois tipos como agentes cancerígenos para os seres humanos.

 

A sua via de transmissão é através do contacto sexual (sexo vaginal, oral ou anal). Mas, também, pode ser transmitido por via fetal durante o parto. Sendo a sua principal forma de transmissão a via sexual, deve-se tomar algumas precauções. É importante a utilização do preservativo, embora a sua utilização não garanta uma total eficácia na protecção contra a infecção por HPV.

 

Não se tem conhecimento exacto sobre o período de incubação (desde a infecção até ao desenvolvimento da doença), mas alguns estudos indicam que, em condições propícias para o seu desenvolvimento, este poderá ser entre 3 semanas a 8 meses. Na maioria dos casos, o desenvolvimento está relacionado com o sistema imunológico de cada pessoa e a quantidade de vírus no local da infecção.

 

A identificação da infecção por HPV pode ser efectuada por vários exames, sendo o exame mais comum, a citologia (também conhecido por Papanicolau). Trata-se de um exame preventivo que apesar de não detectar a presença do vírus, permite observar alterações morfológicas ao nível do colo do útero suspeitas de uma infecção pelo HPV permitindo assim a intervenção antes da evolução para cancro.

 

Na maioria das situações, a infecção por HPV não apresenta sinais e/ou sintomas, mas alguns subtipos poderão apresentar os seguintes sintomas, tais como: a comichão, o ardor e/ou dor durante a relação sexual, as lesões tipo “couve-flor”(condilomas), o corrimento anormal e as hemorragias fora do período menstrual.

 

O tratamento das infecções provocadas por este vírus depende de diversos factores, incluindo a idade e o tipo de lesão. Todavia, existem várias formas de tratamento, que vão desde a utilização de produtos químicos, a tratamentos pelo frio, laser ou cirurgia, que têm como finalidade destruir o tecido infectado.

 

Sabia que...

Em Portugal encontra-se à venda duas vacinas para prevenção do HPV. Uma delas protege contra os subtipos HPV 16 e 18 e outra que abrange quatro subtipos 16, 18 (maior risco oncológico) e subtipos 6 e 11 (provocam doenças benignas e lesões de baixo grau como os condilomas).

 

 

 

É importante referir que esta vacina é profiláctica e não terapêutica, ou seja, as vacinas não são eficazes caso a pessoa tenha sido infectada antes da sua administração, daí a importância das jovens serem vacinadas antes do início da sua vida sexual.

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